Atualmente, há mais de 90 aplicativos que possibilitam a criação de “deep nudes” (ou “fake nudes”), isto é, a criação de fotos falsas de pessoas nuas através de inteligência artificial.
Tal fato vem preocupando a população, em especial as mulheres, após a criação e divulgação de inúmeras deep nudes com o intuito de desmoralizar as pessoas retratadas.
A criação das fotos fakes muitas vezes estão aliadas ao crime de extorsão (“sextortion”), no qual as vítimas são induzidas a fornecer dinheiro para que as fotos não sejam vazadas.
Com o aumento desta prática delitiva, vem crescendo o número de vítimas que buscam atendimento jurídico para lidar com o vazamento de suas fotos.
O que pode ser feito?
Na esfera penal, a depender do contexto fático, poderá ser alegada difamação, extorsão, registro não autorizado da intimidade sexual, dentre outros.
Já na esfera cível, é possível buscar indenização por danos morais.
Em todos os casos recomenda-se não só atendimento jurídico, mas também psicológico, tendo em vista que os deep nudes atingem, necessariamente, a saúde mental das vítimas, em especial das mulheres.
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